sábado, 28 de julho de 2012

PSTU lança campanha nacional de filiação

Durante a campanha eleitoral, nos meses de julho, agosto e setembro, a militância PSTU realizará, em todo o país, uma campanha de filiações

ANDRÉ FREIRE, DE SÃO PAULO (SP)
 
    Campanha nacional de filiação ocorre durante o período da campanha eleitoral
 
O objetivo desta campanha é filiar os principais ativistas que se aproximaram do nosso programa nas últimas greves e mobilizações. Queremos aproximar do nosso partido os trabalhadores e a juventude que estão lutando contra os patrões, o governo Dilma e os governos estaduais e prefeituras. Queremos filiar também todos os militantes, amigos e simpatizantes do partido.

O PSTU foi fundado em 1994, mas foi um ano depois, em 1995, que o nosso partido realizou a sua primeira campanha de filiação. Essa campanha tinha um objetivo de legalizar nosso partido, permitindo que ele se apresentasse de forma independente nas eleições.

A importância da legalização
A legalização foi um passo importante na sua construção. Sem deixar de priorizar a sua construção colada às lutas da classe trabalhadora e da juventude, a participação eleitoral do PSTU sempre foi muito importante para fazer chegar nosso programa a maioria dos trabalhadores e para construirmos nosso partido.

Foi assim, já em 1996, um ano após a sua legalização, que o PSTU se apresentou de forma independente nas eleições municipais daquele ano, enfrentando o governo tucano de FHC, com o lema marcante de: “Contra burguês, vote 16”. A frase ficou amplamente conhecida entre os trabalhadores e a juventude, e foi usada pelo partido nas eleições posteriores.

Em 1998, o PSTU apresentou pela primeira vez a candidatura do operário metalúrgico, José Maria de Almeida, o Zé Maria, a presidência da República, como uma alternativa de esquerda e socialista a reeleição e FHC e da candidatura de Lula, que naquele momento já defendia a conciliação com a burguesia para “governar para todos”. 

Novamente, em 2002, o partido lançou a candidatura de Zé Maria presidente. Naquele ano, Lula venceu as eleições, em aliança com José Alencar, grande empresário têxtil brasileiro. Nosso partido fez uma grande campanha política contra a adesão do Brasil a Alca (Área de Livre Comércio das Américas), nossa campanha eleitoral foi um importante ponto de apoio ao plebiscito que conseguiu mais de 10 milhões de votos contra a Alca.

Nas eleições presidenciais de 2006, nosso partido realizou uma coligação com o PSOL, apoiando a candidatura de Heloisa Helena, sempre defendendo um programa classista e socialista, inclusive polemizando, durante a campanha com a maioria da direção nacional do PSOL, que já queria, naquele momento, rebaixar o programa da frente de esquerda.

Nas últimas eleições presidenciais, o PSTU apresentou novamente Zé Maria presidente para, de forma direta, dialogar com os trabalhadores sobre o balanço dos oito anos do governo Lula, que governou de acordo com os interesses dos grandes empresários e banqueiros.

Em todas estas participações eleitorais, seja com candidaturas próprias do partido ou em coligações com outros partidos da classe trabalhadora, o PSTU sempre apresentou um programa socialista, defendendo a independência política dos trabalhadores em relação à burguesia e seus governos, partidos e instituições. Nossas campanhas sempre apoiaram as lutas dos trabalhadores e da juventude, inclusive abrindo espaço nossos programas eleitorais de TV e rádio para apoiar às greves em curso.

Em 2012, filie-se ao PSTU
A campanha de filiações, agora com objetivo de fortalecer o partido e aproximá- lo, ainda mais, dos melhores ativistas das lutas que acontecem em nosso país, buscando filiar a maioria deles a nossa organização socialista e revolucionária.

Acreditamos que nosso partido será muito fortalecido se conseguimos obter um número representativo de novos filiados, pois serão companheiros e companheiras que estarão juntos conosco em nossas campanhas políticas e que nos ajudarão a defender nosso partido de ataques da burguesia, seus governos e instituições. Portanto, queremos estabelecer uma relação política permanente com os filiados ao partido, especialmente com estes novos filiados que vamos conquistar nesta campanha.

A filiação será somente um primeiro passo de aproximação destes ativistas com o nosso partido. Já durante os meses de realização da campanha de filiação, vamos convidar, permanentemente, nossos filiados para participar das atividades de nossa campanha eleitoral, dos Seminários Municipais de Programa, das palestras que vamos realizar nas sedes do partido e dos cursos de formação política. As atividades políticas abertas aos filiados não vão se restringir somente ao momento da campanha eleitoral. 

Vamos continuar desenvolvendo, de forma permanente, essa relação política, buscando integrá-los em nossos núcleos partidários. Mesmo com aqueles que não se propuserem ter uma relação mais orgânica com o partido, queremos discutir nossa política com eles, em atividades políticas especiais, convidando- os sempre para nos ajudar em nossas campanhas e atividades partidárias

quarta-feira, 25 de julho de 2012

No dia latino americano e caribenho da mulher negra, os candidato do PSTU denunciam opressão racial.


Neste 25 de julho, dia da Mulher Negra da América Latina e do Caribe, é lamentável não ter o que comemorar. Mesmo num país governado por uma mulher, as mulheres negras continuam sendo as mais pobres das pobres, que ocupam os piores postos de trabalho e são as que possuem maior probabilidade de morrer por mortalidade materna”, denuncia Wilson Leite, candidato a prefeito.

Atualmente, cerca de 2,6 mulheres afrodescendentes morrem por dia por causas maternas, contra 1,5 das mulheres brancas. Segundo relatório elaborado pelo Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais da Federal do Rio de Janeiro (2009/2010), 40,9% das mulheres negras (pretas e pardas) tem menor acesso aos exames ginecológicos preventivos; 37,5% nunca fizeram exame de mamas, 40% nunca fizeram mamografia, 15,5% jamais fizeram exames para detectar o câncer de mama.

"Em relação à inserção no mercado de trabalho, a situação da mulher negra não melhorou. As heranças escravocratas e patriarcais ainda estão presentes em pleno século XXI. As mulheres negras são maioria no trabalho doméstico. Em 1999, representavam o índice de 55% das mulheres que ocupam este posto de trabalho extremamente precarizado e com baixos salários. Em 2009, o índice subiu para 61,6%.”, argumenta Wilson Leite.

Segundo dados do IPEA, em 2009, 37,6% dos domicílios chefiados por trabalhadoras domésticas se encontravam abaixo da linha de pobreza e o rendimento médio destas mulheres correspondia a exatos R$ 386,45 (44% a menos do que o pago aos homens que exercem funções “domésticas” e recebiam, em média, R$ 556,73 por mês; e também inferior ao salário das mulheres brancas, que era de R$421,58).

25 de julho
O dia 25 de julho é o “Dia da Mulher Negra da América Latina e do Caribe”, instituído em 1992, quando representantes de 70 países participaram do 1º Encontro de Mulheres Negras da América Latina e do Caribe, em San Domingo, na República Dominicana. A instituição da data teve como objetivo dar visibilidade às demandas e às conquistas das descendentes da diáspora africana. 

domingo, 15 de julho de 2012

A ESTRUTURA FUNDIÁRIA DO MARANHÃO


O Maranhão possui uma das estruturas fundiárias, ou seja, distribuição de terras e condições do trabalhador rural, mais desiguais do Brasil, onde a grande propriedade é característica marcante deste estado. Esta estrutura está estritamente ligada às políticas governamentais e as supras estruturas que compõem este estado, um envolvimento desde a oligárquica e seus partidos a instituições públicas que, contraditoriamente, acabam representando o latifúndio, o agronegócio.

A lei de terras de Sarney de 1969 é o marco desse processo. Essa lei vendeu terras do estado para grandes projetos agropecuários, transferindo imensas extensões territoriais para grupos empresariais do nordeste, sul e sudeste. Causou, desta forma, a concentração da terra, viabilizou o agronegócio e limitou a terra aos pequenos camponeses desarticulando a agricultura familiar no estado. “Sarney reinventou o latifúndio moderno”.

Outra forma de transferência de terras do Maranhão para grandes projetos agropecuários foi através da SUDAM – Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia e SUDENE – Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste que através da política de incentivos fiscais entregou imensas áreas aos grandes fazendeiros o que acabou por transformar as terras da pré-Amazônia maranhense e do cerrado em imensas propriedades improdutivas. Nesse contexto, é o próprio Estado que financia e sustenta o agronegócio e consequentemente a miséria do camponês maranhense. O financiamento, a grilagem, a expulsão dos camponeses de suas terras, assassinatos e ameaças são assegurados aos fazendeiros, como fosse um direito, pelo estado, pela policia, pelo judiciário e funcionários dos cartórios a custa da expropriação, exploração e violência.  Aos trabalhadores rurais nada são assegurados, vivem em um estado latente de opressão e exploração, em um estado de grande injustiça social.

Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 2006, caracterizam bem como é desigual à estrutura fundiária do Maranhão e como é desastrosa sua política agrária.  Os dados de 2006 mostram que os imóveis rurais menores de 10 hectares representam boa parte das propriedades, 47,38%, porém, ocupam somente 1,37% da área total. Por outro lado, os imóveis acima de 1.000 hectares representam apenas 1, 37% das propriedades e ocupam 36,12% da área total. Essa estrutura fundiária explica o porquê temos tanta miséria no campo, por que somos os maiores exportadores de mão-de-obra escrava e por que temos um número expressivo de mortes e conflitos por terras. E a política fundiária adotada é uma política para os grandes empreendimentos, para o agronegócio. É o Estado aliado ao capitalismo monopolista que à luz do agronegócio entranha no campo maranhense, principalmente no cerrado, desarticulando a economia camponesa e subjugando os trabalhadores rurais ao imperativo do capital: exploração.

Os trabalhadores rurais estão alheios a essas políticas estatais, pois, não entram na lógica de reprodução do capital. A agricultura familiar não interessa ao mercado internacional já que não gera a produção ampliada de riqueza, nesse sentido, que o Estado atuando no interesse do capital intencional a luz do agronegócio, coloca de lado as necessidades da população camponesa: necessidade de acesso a terra, regulação de terras (principalmente as terras quilombolas e as RESEX – Reserva Extrativista), de creditos, de políticas agrícolas, incentivos fiscais, etc. A capitalização do campo e a subsunção do trabalhador rural ao capital tem conveniência do Estado burguês.

É nesse contexto que se desenvolve as lutas e a resistência pela terra no Maranhão, muito importante para o desenvolvimento camponês e superação das injustiças no campo. É condição necessária para a reprodução de sua existência e de melhores condições de vida, ao mesmo tempo coloca em cheque esta sociedade mercantil basilada sobre a injustiça social.

A superação desde quadro de injustiça social existente no campo maranhense passa necessariamente pela reforma agrária que garanta a todos o acesso a terra e condições de sua reprodução, e isto, necessariamente passa pelo rompimento da lógica do capital. É a luta organizada dos trabalhadores rurais contra o capital à luz dos latifúndios que vai garantir a superação desta estrutura agrária injusta, e construir uma estrutura agrária que garanta a todos o direito de acesso a terra e justiça social.

Por Clemilson Totti, de São Luís

quarta-feira, 4 de julho de 2012

PSTU DE IMPERATRIZ PROTOCOLA PEDIDOS DE REGISTROS DE CANDIDATURAS

Aconteceu agora no fim da manhã junto ao TRE de Imperatriz a entrega dos pedidos de registro de candidaturas do PSTU para o pleito de 2012. A exemplo do que aconteceu em São Luis o partido é o primeiro a cumprir todos os requisitos formais para dar iniciou a discussão de um programa socialistas para as cidades. Com o Lema Imperatriz para os Trabalhadores do PSTU de Imperatriz lança Wilson Leite e Jakson Marinho para concorrer ao cargo de prefeito e vice respectivamente e Pastor Odair como vereador.
A divulgação dos registros estará disponível para consulta publica no link DivulgaCand  no site do TRE. A partir do dia 06 de julho estará no ar o blog de divulgação das candidaturas do PSTU de Imperatriz no link www.wilsonleitepstu16.blogpsot.com.br, nos links além de informações sobre agenda e dados dos candidatos há também o PLANO DE GOVERNO que será defendido pelos candidatos.

Fonte: ASCONPSTUITZ