segunda-feira, 30 de junho de 2014

Convenção do PSTU lança Saulo Arcangeli ao Governo do Maranhão e Marcos Silva ao Senado Federal

Ato discutiu o papel do partido nas eleições com a presença de várias categorias e da juventude.


Neste sábado (28 de junho) foi realizada a Convenção Estadual do PSTU que confirmou o nome do servidor público federal Saulo Arcangeli (42 anos) para Governador e do urbanitário Marcos Silva (48 anos) para Senador. O Partido não fará coligações com nenhum partido. A professora da rede municipal e militante do PSTU, Ana Paula Martins, será a candidata a vice-governadora.
A Convenção realizada no auditório do Sindicato dos Bancários no Centro de São Luís reuniu mais de 100 pessoas de diversas entidades e movimentos sociais do estado em apoio às candidaturas do PSTU. Durante o evento foi reafirmada a construção de uma candidatura de esquerda e socialista que expressará as lutas populares e as greves do último período em nosso estado em oposição às candidaturas de Edinho Lobão (PMDB) e Flávio Dino (PC do B).
Esteve presente na convenção Cláudia Durans, professora da UFMA e assistente social, candidata à Vice-Presidência da República pelo PSTU na chapa encabeçada por Zé Maria de Almeida. Cláudia ressaltou a importância do debate contra as opressões no Maranhão e que as candidaturas do PSTU no estado estarão à serviço da luta contra o machismo, o racismo e a homofobia.
Para Saulo cada voto conquistado pelo PSTU nestas eleições será um passo para o fortalecimento das mobilizações e lutas em nosso estado, frutos da insatisfação da população contra seus governantes. Ana Paula Martins, professora da rede municipal de São Luís, categoria em greve contra a Prefeitura de Edvaldo Holanda (PTC), afirmou que as candidaturas do partido se colocam à disposição das lutas que estiverem ocorrendo em todo o Estado.
Segundo Marcos Silva, o PSTU apresentará um verdadeiro projeto de mudança em nosso estado capaz de alterar o quadro de miséria e barbárie que vive o Maranhão através da participação direta da população através dos Conselhos Populares.

Os nomes de Saulo Arcangeli e Ana Paula Martins para Governo e Marcos Silva para o Senado foram aclamados por todos os presentes. A campanha começará com visitas às categorias em seus locais de trabalho e a preparação de seminários temáticos que debaterão um Maranhão para os trabalhadores.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

É preciso não cair na armadilha da polarização entre Flavio Dino (PC do B) e Edinho Lobão (PMDB)

O PSTU apresenta a candidatura de Saulo Arcangeli para o governo do Maranhão

O programa político que o PSTU defende ao longo de seus 20 anos de existência começa a ser abraçado por parte significativa da classe trabalhadora e pela juventude  deste país.  As pautas das grandes mobilizações dos últimos meses confirmam esta afirmação. Orgulhamo-nos disso, de ser um partido que se identifica mais com as lutas do nosso povo do que com as eleições, por isso insistimos em levantar nossas bandeiras durante as jornadas de junho, já que a luta sempre foi a principal arena de nossa organização.

Porém, entendemos que o cenário político atual no Maranhão coloca o debate eleitoral em outro patamar. É uma eleição que acontecerá combinada com muitas lutas e a necessária elevação da consciência dos trabalhadores. Sabemos, também, que muitos trabalhadores que têm acordo com nossa política são levados pela propaganda do tal “voto útil” e acabam votando nas oposições que nascem das divisões internas da burguesia, que, com certeza, prosseguirão massacrando nossa classe.

A decepção com o governo de Jackson Lago (PDT/PT/PC do B), o desastre que está sendo a gestão de Edvaldo Holanda Jr (PTC/ PC do B) na prefeitura municipal de São Luís e a traição em escala nacional do PT deve servir com alerta vermelho dos limites de um possível governo de Flavio Dino. Os trabalhadores precisam discutir seriamente uma alternativa pra valer que realmente melhore as suas condições de vida.

Desde já, nós queremos chamar a atenção desses companheiros e companheiras para a necessidade de fortalecer as candidaturas do PSTU como alternativas para os trabalhadores e a juventude nessas eleições, pois isso tem relação  direta com o fortalecimento das lutas que estão se alastrando em nosso país e, em especial, no Maranhão.

A dupla Flavio Dino e Edinho Lobão não constitui uma alternativa de mudança para o Maranhão

A fragilidade da oligarquia Sarney neste último período é tão notória que seu grupo não conseguiu sequer lançar os candidatos que desejavam, o que reflete uma clara divisão na “corte do rei”, obrigando o grupo a lançar o “bobo da corte” Edinho Lobão (PMDB) para disputar as eleições para o governo do estado.
Muitos descontentes com a oligarquia preferiram, então, migrar para o campo político que tem à frente o candidato Flávio Dino (PC do B), pois poderão, talvez com mais facilidade, continuar obtendo dividendos políticos e econômicos para os seus interesses e dos poderosos que representam. Lá, inclusive, irão encontrar antigos aliados que se bandearam anteriormente.

Se o PC d B sair vitorioso nas eleições de outubro, o grupo Sarney sabe que não será muito difícil recompor alguns de seus “cacos” políticos em torno de um governo de Flavio Dino, afinal de contas, o PC do B e o PMDB defendem o mesmo programa político para o Brasil, pois ambos são da base de sustentação do governo Dilma e caminharam juntos no Ministério do Turismo com a dupla Gastão Vieira/Flávio Dino.  Além disso, não seria nenhuma novidade para o PC do B estar junto com o PMDB no Maranhão, já que ficaram juntos durante oito anos no governo de Roseana Sarney (1994- 2002). Acrescenta-se a isso a unidade entre Flávio Dino e o odiado ex-prefeito de São Luís, senhor João Castelo (PSDB).
Sabendo disso, a mídia da oligarquia tenta de todas as formas possíveis criar um clima de polarização entre as candidaturas de Flávio Dino e Edson Lobão Filho, justamente para que os trabalhadores não discutam uma alternativa que atenda os seus interesses enquanto classe social. Por isso mesmo, alguns jornalistas ligados ao grupo Sarney chegaram inclusive a propor que retirássemos nossas candidaturas.

É PRECISO LUTAR, É POSSIVEL VENCER... NAS LUTAS E NAS URNAS: Saulo Arcangeli para o governo do Estado do Maranhão

Mesmo nos momentos em que a classe trabalhadora se encontrava apática e desacreditada devido às traições do PT, do PC do B, da CUT, da UNE, o nosso partido participava das eleições sem rebaixar o programa, sem receber financiamento dos ricos e sem fazer falsas promessas para ganhar votos.

Nosso propósito nas eleições é o mesmo que defendemos nas lutas, que os trabalhadores acreditem em suas próprias forças, por isso adotamos o lema “Só a Luta Muda a Vida!”. 

Isso não quer dizer que não queremos votos, que não queremos nos eleger. Pelo contrário, cada voto que recebemos e cada um que elegemos simboliza um avanço na consciência da classe trabalhadora. O PSTU não participa das eleições apenas por participar, pois queremos eleger nossos representantes para colocar nosso partido à prova, como fizemos com a vereadora Amanda Gurgel( Natal- RN) e Kleber( Bélem- PA), cujos mandatos estão claramente a serviço da luta dos trabalhadores, inclusive representando incômodo para os partidos de direita e para a burguesia dessas cidades.

Acreditamos que não será possível mudar o Maranhão aliado aos empresários, às empreiteiras, à especulação imobiliária, ao agronegócio, aos latifundiários e aos coronéis.  A política de “pacto social” que criou a ilusão de que seria possível conciliar interesses dos trabalhadores com os dos burgueses demonstrou sua inviabilidade. Ao final, sempre acabam governando para os ricos. 
A única alternativa possível para livrar o estado definitivamente do atraso e da oligarquia Sarney é com um governo controlado pelos trabalhadores e sem a participação de oligarcas dissidentes.

Por isso, o PSTU lança o sindicalista, professor e militante dos movimentos sociais Saulo Arcangeli como pré-candidato ao governo do Maranhão, principalmente porque ele sempre esteve junto dos que enfrentam diariamente as injustiças, a exploração e as opressões da oligarquia e dos poderosos deste estado e que defenderá um programa que responda aos anseios da classe trabalhadora da cidade e do campo, única responsável pela geração das nossas riquezas.

Para Presidente da República apresentamos o companheiro Zé Maria e a maranhense Cláudia Durans, como vice. Queremos fazer uma campanha sintonizada com as lutas do nosso povo. Queremos utilizar o pouco espaço que teremos para denunciar a situação em que se encontram os serviços públicos, denunciar as opressões (racismo, machismo, homofobia), defender as lutas dos trabalhadores em greve, os quilombolas, as comunidades indígenas, os trabalhadores da educação, da saúde, os operários, os ambulantes e o fim da criminalização da luta e dos lutadores.

Faremos uma ampla campanha pela suspensão do pagamento da dívida pública, que consome quase 50% do orçamento público e o fim da lei de responsabilidade, que impede que os governos invistam mais de 54% do orçamento em serviços públicos. Faremos isso porque não aceitamos um centavo sequer dos grandes empresários e não nos aliamos a  seus partidos. Nosso objetivo final é ajudar a classe trabalhadora a superar o capitalismo e construir um mundo socialista de homens e mulheres livres!

sábado, 14 de junho de 2014

PSTU LANÇA HOJE, SÁBADO 14/06, CHAPA PARA AS ELEIÇÕES 2014

Durante encontro Nacional do PSTU que definiu os nomes dos militantes: Zé Maria de Almeida, metalúrgico do ABC e dirigente nacional da Central Sindical e Popular/CSP-CONLUTAS tendo como companheira de chapa a professora universitária (Universidade Federal do Maranhão-UFMA) Cláudia Durans para comporem a chapa – presidente e vice respectivamente - à presidência da Republica nas eleições 2014.

Inicia-se neste sábado (14) e vai até o domingo (15/06) o Seminário Nacional para a Construção do Plano de Governo da Candidatura do PSTU, uma candidatura independente política e financeiramente de empreiteiras, bancos, agronegócio e empresas, uma candidatura que apresentará um programa de governo para os trabalhadores e para a juventude que luta por um Brasil justo e verdadeiramente sem miséria.
O Seminário será um espaço de elaboração programática para a candidatura do PSTU, buscando responder, com medidas anticapitalistas e socialistas, aos desafios colocados pela realidade brasileira e mundial.

Para garantir um Brasil para os trabalhadores e a juventude é preciso mudar. O programa deve partir das reivindicações levantadas pelas massas em junho passado como saúde, educação, transporte públicos e de qualidade, reforma agrária, aposentadoria, meio ambiente, moradia para todos e a defesa de melhores condições de vida e trabalho para os trabalhadores da cidade, do campo e a juventude.

A parte mais importantes do encontro acontecerá no domingo com as discussões em grupos temáticos que se debruçaram em vários temas, hoje, em evidência na sociedade:

I - Orçamento do Estado e Dívida Pública
II - Educação não pode ser mercadoria, precisa ser  pública, gratuita e de qualidade
III – Como resolver o drama da Saúde no Brasil
IV – Moradia Popular, Especulação Imobiliária e Copa do Mundo
V I - O campo brasileiro e a necessidade da reforma e revolução agrárias
VII– A questão do meio ambiente no Brasil
VIII – Transporte público deve ser estatizado
IX - A criminalização das lutas, das organizações operárias e populares e das drogas, ferem as liberdades democráticas
X - Uma saída operária e socialista na luta contra o machismo e a homofobia”
XI – Racismo: um programa de raça e classe para uma mudança revolucionária no Brasil
XII– Cultura


Acompanhe os debates direto no portal nacional do partido: www.pstu.org.br e no perfil do fece de Zé Maria.

terça-feira, 3 de junho de 2014

UM PARTIDO DAS LUTAS E DO SOCIALISMO, 20 ANOS.


Há exatos 20 ano, no dia 2 de junho de 1994, tinha início o Congresso de Fundação do PSTU. Como que desafiando o próprio tempo histórico em que o partido era fundado (auge do neoliberalismo e da ofensiva ideológica sobre a "morte do socialismo"), a primeira frase do projeto de Estatuto dizia: "O PSTU se constitui com o objetivo de dirigir a luta dos trabalhadores e demais setores explorados pela revolução socialista e a instauração da ditadura do proletariado". A maioria não deu um ano de vida para o partido e profetizavam nosso retorno ao PT no curto prazo. Pois aqui estamos...

Uma combinação de fatores aleatório (eu não era, com certeza, a pessoa mais preparada) fez com que eu fosse escolhido como delegado àquele congresso. Viajei, então, 26 horas de ônibus, do sul do Rio Grande do Sul, quase na fronteira com o Uruguai, até São Paulo para assistir ao congresso e o que eu vi me transformou para sempre. Dois anos depois, eu estava arrumando as malas para atravessar o mundo e me dedicar à construção de um partido revolucionário na Rússia, a pátria da primeira república operária da história. Foi uma experiência fantástica. E eu sei que muitas outras virão.

Gosto de dizer que o PSTU revelou o que havia de melhor em mim. Não que o que haja em mim seja lá grandes coisas, mas o pouco que havia, conseguiu aflorar. A militância não nos torna pessoas perfeitas, mas nos torna, em geral, as melhores pessoas que podemos ser, sob as condições em que nos cabe viver. Militar em um partido revolucionário é, como dizia Trotski, "carregar sobre os ombros uma pequena partícula do destino da humanidade" e isso, quando tornado consciente, é fonte de uma enorme felicidade. Por isso, vale a pena viver.

Parabéns, PSTU!


Por Henrique Canary