sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

APRUMA, VITÓRIA DA AUTONOMIA E RESISTÊNCIA CONTRA A PELEGADA.

A Chapa 1 – Autonomia e resistência: em defesa da previdência pública e integral vence a eleição para a diretoria e o conselho de representantes da Associação de Professores da Universidade Federal do Maranhão – APRUMA.

No dia 20 de dezembro, cerca de 507 associados comparecem às urnas instaladas na Universidade e elegem a Chapa 1 com 307 votos, 61,4% do total dos votos.

O processo eleitoral coloca frente à frente dois projetos. De um lado, um sindicalismo apoiado pela reitoria e pelo Fórum de Professores das Instituições Federais de Ensino Superior, PROIFES, com sede em Brasília.

Do outro, um sindicalismo de luta em defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade. A Central Sindical e Popular CSP Conlutas e os militantes que lutam pelos 10 % do PIB para a educação fizeram a campanha vitoriosa da Chapa 1.

Venceu o Sindicalismo Autônomo, Democrático, Independente, comprometido com os interesses da categoria, dos servidores públicos, dos estudantes e da classe trabalhadora como um todo. Venceu o ANDES- SN, e ha CSP Conlutas.

Ao final da apuração, integrantes da chapa e apoiadores gritam palavras de ordem. A comemoração foi um desabafo contra o jogo sujo patrocinado pela reitoria e uma certeza que a APRUMA continuará de Luta, Autônoma e Democrática!!!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Juary Chagas: Sociedade de Classe, Direito de Classe.

Segue entrevista com Juary Chagas do PSTU-RN, autor do livro Sociedade de Classe - Direito de Classe lançado em São Luís na última sexta feira.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Policiais e bombeiros do Maranhão ganham batalha contra a maior oligarquia do Brasil

O dia 2 de dezembro de 2011 fica registrado na história do Maranhão como um dia das maiores conquistas obtidas pelos policiais e bombeiros na luta por direitos. Essa conquista é ainda mais representativa por ser em cima de um governo que representa uma das últimas oligarquias do Brasil, a dos Sarney, contra os coronéis que dirigem a estrutura da polícia do Estado e contra a propaganda perseguidora do meio de comunicação ligado à família Sarney, o sistema Mirante, afiliada da Rede Globo no estado.

Durante todo o movimento grevista em São Luis e Imperatriz, os trabalhadores tiveram o apoio incondicional dos movimentos populares e sindicais – apoio reconhecido pelos policiais – fundamental para trazer a população a apoiar as reivindicações dos grevistas.

No início, o governo não aceitou negociar com grevistas os dez pontos de reivindicação dos trabalhadores: anistia aos grevistas, aprovação de data-base, pagamento de horas-extras, carga horária de 44 horas semanais, promoção automática, fim do Regime Disciplinar do Exército, aumento de 20% dos salários, entre outros. Com a pressão dos trabalhadores e da população, o governo, em oito dias, cedeu. Das dez reivindicações, apenas o percentual no aumento do salário foi concedido pela metade, 10,45%. Ao final, representou uma grandiosa vitória dos trabalhadores.

Durante a greve, algo mudou na relação dos trabalhadores da polícia militar e dos bombeiros com o movimento organizado, sindical e popular. Muitos militares se viram como parte da classe trabalhadora e sentiram na pele a perseguição do Estado que criminaliza qualquer movimento que busque reivindicar direitos, seja por terra, por respeito ou por indignação contra os desmandos de corrupção.

A repressão da oligarquia Sarney acelerou esta experiência. No dia 29, enquanto estavam ocupados na Assembleia Legislativa, os grevistas divulgaram uma carta, dirigida aos quilombolas e sem-terra do estado, reconhecendo sua parcela na repressão aos conflitos no campo e pedindo desculpas. A carta (leia abaixo) afirma que “somos todos irmãos”.

Parabéns aos trabalhadores da segurança pública do Maranhão – policiais militares e bombeiros – pela vitória. E, em especial, aos policiais e bombeiros que passaram a se reconhecer como parte da classe trabalhadora. Sabemos que o aparato de repressão é formado por forças criadas para preservar a propriedade privada, para garantir a desigualdade social e o controle de uma classe sobre a outra. Como a Polícia Militar.

Assim, o exército e a polícia são herdeiros diretos dos capitães do mato, que mantinham os escravos nas senzalas. É não apenas simbólico, mas significativo que esta luta traga a reflexão dos policiais sobre a repressão aos homens e mulheres quilombolas e a unidade que surge daí. Quantos mais e mais policiais se percebam como classe, mais se recusarão a reprimir nossas lutas, nossas greves, nossas marchas. Mais se questionarão sobre os crimes do campo, a tragédia nas cadeias, a dívida com o povo negro e pobre. Mais se questionarão o que nossos soldados estão fazendo no Haiti.

Mais e mais se sentirão como trabalhadores e trabalhadoras. E perceberão que suas armas, como diz o hino da Internacional, devem ser voltadas para os seus generais.
“Paz entre nós. Guerra aos senhores”.


Fonte: Blog Wilson Leite

Publicado em PSTU NACIONAL