MANIFESTO DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS DE IMPERATRIZ SOBRE O 1º DE MAIO
Desde que surgiu o capitalismo, os trabalhadores lutam contra a exploração dos patrões (a burguesia), que só pensam em aumentar seus lucros.
Os direitos que os trabalhadores(as) têm hoje não existiam antes: jornada de 8h por dia, intervalo para almoço, férias, 13º, aposentadoria (INSS), etc. Esses direitos foram conquistados com muitas lutas, greves e manifestações no mundo todo, inclusive no Brasil.
Em 1890, a classe trabalhadora do mundo todo se reuniu na Internacional Socialista e decidiu fazer uma luta mundial pela jornada de trabalho de 8 horas por dia (antes, a jornada era de 13h). Esse dia é o 1º de Maio. Não é uma festa, mas também não é dia de tristeza. É uma data que resgata a história das conquistas contra a exploração e organiza as próximas lutas.
Hoje, os capitalistas (a burguesia) querem retirar os direitos dos trabalhadores. No Brasil, existe a proposta de criação de um Acordo Coletivo Especial. Esse acordo vai permitir aos sindicatos pelegos negociar com os patrões a retirada de direitos quando a empresa do patrão vai mal. Eles querem que a gente pague pela crise deles!
Mas os trabalhadores não estão abaixando a cabeça. Hoje em dia, são muitas as lutas por direitos: na Europa (Portugal, Espanha e Grécia), no mundo árabe (Egito, Síria), na Ásia e em nosso continente (Chile). No Brasil, temos que fazer a nossa parte!
Os trabalhadores e trabalhadoras de Imperatriz estão nesta luta
Em Imperatriz, somos milhares de trabalhadores(as) que vivem com baixos salários e sofrendo a pressão dos patrões. Como se não bastasse, os governantes abandonaram a educação, a saúde, o saneamento básico, a infraestrutura, o transporte público, etc.
No momento, há uma forte resistência dos trabalhadores(as) da saúde e da educação do Município, e dos trabalhadores(as) da educação e da justiça do Estado. Essas categorias já definiram que entrarão em greve se suas reivindicações não forem atendidas. Só assim poderão prestar um serviço decente para a população.
No caso dos trabalhadores(as) do setor privado, muitas lutas não avançam por causa das direções pelegas nos sindicatos, que apoiam os patrões. Os trabalhadores do canteiro de obra da Suzano são perseguidos quando se manifestam contra as péssimas condições de trabalho. E não recebem nenhum apoio da direção do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil. O mesmo acontece com os motoristas da VBL, onde a direção do seu sindicato sempre se cala diante da pressão dos patrões. O caminho para a vitória dessas categorias é organizar movimentos de oposição, para a construção de sindicatos de luta!
Lutamos pelas reivindicações que unificam a classe trabalhadora em todo o Brasil:
o Contra o Acordo Coletivo Especial (ACE)! Contra a precarização do trabalho!
- Defesa da aposentadoria! Não ao fator previdenciário! Anulação da reforma da previdência de 2003!
- Apoio à luta dos trabalhadores do campo contra o agronegócio! Reforma agrária já!
- Aumento geral dos salários!
- Igual remuneração por igual trabalho, sem discriminação de gênero e raça! Contra toda forma de opressão e discriminação!
- Pelos direitos das mulheres trabalhadoras: ampliação da licença maternidade, creches e intervalo para amamentação. Não à violência contra a mulher!
o Defesa dos servidores públicos! Direito de negociação e contratação coletiva! Pleno direito de greve para os servidores!
- Defesa da educação pública! Todo apoio à luta dos trabalhadores da educação e estudantes! 10% do PIB na educação pública, já!
- Pagamento imediato do piso nacional dos professores!
- Defesa da saúde pública! Revogação da lei que criou a EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares)!
- Direito à moradia digna para todos! Chega de violência contra negros e pobres!
- Respeito aos povos indígenas e quilombolas! Demarcação imediata de suas terras!
- Defesa do emprego! Convenção 158 da OIT! Redução da jornada sem redução salarial!
- Contra as privatizações das estradas e aeroportos! Petrobrás 100% estatal! Contras os leilões das reservas de petróleo!
- Auditoria e suspensão do pagamento da dívida pública! Mais verbas para saúde, educação, moradia e reforma agrária!
o Contra a criminalização da luta e dos movimentos sociais!
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