terça-feira, 2 de abril de 2013

Nota de A CUT Pode Mais sobre a participação na Marcha a Brasília no dia 24 de abril

Nesta segunda-feira (26), a “A CUT Pode Mais” – corrente interna da CUT – divulgou uma nota pública em resposta à direção majoritária da CUT sobre a participação da Marcha em Brasília no dia 24 de abril.
 
A direção majoritária da CUT divulgou uma nota em que critica a marcha realizada pela CSP-Conlutas em conjunto com outras entidades, entre elas a “A CUT Pode Mais”.
 
No documento de resposta, “A CUT Pode Mais” lamenta esse posicionamento. “Lamentamos que a corrente majoritária da CUT não compreenda a conjuntura que vive a classe trabalhadora, e insista em defender o ACE [Acordo Coletivo Especial] e se colocar contra a luta pela Anulação da Reforma da Previdência”.
 
A CSP-Conlutas também divulgou uma nota (veja aqui) em resposta à direção da CUT com o objetivo de reafirmar a unidade e fortalecer ainda mais a marcha com todos os setores que queiram lutar para defender os direitos e interesses dos trabalhadores.
 
Confira, abaixo, a integra da nota da A CUT Pode Mais
 
Nota pública sobre a mobilização do dia 24 de abril em Brasília
 
Companheiros(as),
 
A CUT PODE MAIS, é um campo sindical de esquerda que defende que o papel do movimento sindical e de uma central seja o de organizar a base para lutar contra a retirada de direitos e pela transformação da sociedade em favor dos oprimidos.  Defendemos que os sindicatos e centrais tenham uma prática combativa, autônoma, independente e de luta.
 
Entendemos que entre os vários desafios colocados para o conjunto da classe trabalhadora está a defesa do Piso Nacional para os trabalhadores em Educação, a luta contra o Acordo Coletivo Especial (ACE) que tem o objetivo retirar os direitos conquistados em lei (NEGOCIADO SOBRE O LEGISLADO), a luta pela ANULAÇÃO DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA, medida que retirou o direitos como a  paridade, integralidade e criou o desconto dos aposentados.  Tendo como pauta, também, o FIM DO FATOR PREVIDENCIÁRIO, a defesa da Reforma Agrária, contra as privatizações, sejam as tradicionais ou aquelas camufladas como “concessões”, contra a perseguição de dirigentes sindicais, além de outras bandeiras classistas, anti-machistas e internacionalistas.
 
Esta pauta histórica tem unificado um conjunto de Entidades CUTistas, MST e outras centrais sindicais de esquerda para organizar uma grande marcha à Brasília, no dia 24 de abril de 2013.
 
A corrente majoritária da CUT, tem se manifestado publicamente contra esta, se colocando duramente contra aqueles(as) que querem lutar e ao mesmo tempo tendo uma postura branda em relação ao que atacam e ameaçam os direitos da classe trabalhadora.
 
A justificativa tem sido que a atividade está sendo organizada com outras centrais sindicais, o que causa estranheza, posto que a CUT realizou no último dia 06 de março, uma Marcha, em Brasília, em conjunto com a CGTB, Força Sindical, NCST e UGT, que são centrais de direita.
 
Defendemos a Unidade dos que querem lutar, mas priorizamos fazê-lo com os históricos defensores da pauta sindical.
 
Lamentamos que a corrente majoritária da CUT não compreenda a conjuntura que vive a classe trabalhadora, e insista em defender o ACE e se colocar contra a luta pela Anulação da Reforma da Previdência.
 
Fazemos um apelo a todos os companheiros(as) da CUT que se juntem à mobilização em Brasília, para que possamos mostrar a unidade e a força dos trabalhadores e trabalhadoras.
 
TODOS À BRASÍLIA DIA 24/04/2013!!
 
“Se não lutas, pelo menos tenha a decência de respeitar os que o fazem” (José Martí)
 
Coordenação Estadual da CUT PODE MAIS/Executiva da CUT/RS
 
Rejane de Oliveira, Alberto Ledur, Paulo Farias, Francisco Magalhães, Claudio Augustin

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